Fico procurando explicações para tamanho absurdo, se é que existem. Quando olho para aquelas genitoras (pois não consigo chamá-las de mães) sinto um misto de raiva e pena. Raiva porque acredito que todos saibam que nenhuma mãe precisa criar a criança se não quiser, basta entregá-la no Juizado de Menores que as autoridades nem pedem explicações e essas crianças poderão viver em abrigos até serem adotadas (se tiverem sorte). E pena por que creio que ninguém pode dar o que não tem. Como será que foi a vida dessas pessoas? Será que tiveram amor e respeito dos pais? Será que seus direitos à educação, alimentação, saúde, moradia salubre foram e são garantidos? Pois uma coisa é certa, se as vidas dessas mulheres não tiveram nenhum valor, para elas, a de quem vai ter?
Daí surge aquele discurso moralista “Se não queria ter filhos, por que não evitou?”. Ah, tá! Beleza! Eu trabalho em um posto de saúde e conheço a dificuldade que os usuários têm para ter acesso à camisinhas e anticoncepcionais orais (os únicos métodos contraceptivos disponíveis, pelo menos onde trabalho) que nem sempre tem e quando tem, o interessado deve ser cadastrado no Programa de Saúde da Família. No entanto, esse cadastro só é possível se o morador residir em uma área coberta pelo programa.
Além do mais é obrigatório passar por uma consulta com a enfermeira que, aqui para nós, é um pouco difícil de agendar. Ufa! Para conseguir laqueadura então, é um Deus-nos-acuda! É mais fácil ganhar na Mega Sena da virada! E alguém ainda acha que a pessoa que vai encher a cara no final de semana vai esperar até mais de uma semana para pegar contraceptivos e poder dar aquela namorada tão desejada? Du-vi-do! Devem pensar “Se engravidar, depois vejo o que eu faço!”. E terminam fazendo esses absurdos que estamos habituados a ver.
Para mim é um círculo vicioso difícil de resolver. Infelizmente, enquanto nosso país não garantir os direitos constitucionais da nação e continuar não investindo como deveria em educação, saúde, habitação, boas creches e uma rede de apoio de qualidade para as gestantes será rotina assistirmos a crianças sendo abandonadas por “mães” que por sua vez continuarão sendo tão vítimas dessas desigualdades quanto seus pobres filhos.
Oi Luanda!
ResponderExcluirCom certeza entendo todas as tuas dúvidas, também passei por isso!
Julia é um nome lindo!
Minha rotina tem sido puxada, nem tenho tempo pra ir ao banheiro,rsrs,cuido deles sozinha o marido ajuda a noite e nos fins de semana, não tenho babá, por questões financeiras estou me virando. Graças a Deus eles são bem tranquilos, quase não choram juntos,então dá pra equilibrar.
Quanto a amamentação, só o Lucas pegou bem mas mesmo assim tenho que complentar com Mam a Julia é mais pequena e não está conseguindo sugar, ela até pegou algumas vezes fiquei super feliz mas agora ela não está mais querendo, acho que ela é meio preguiçosa, pois na mamadeira é mais fácil, continuo tentando pois quero muito que ela pegue. Eu sempre quis amamentar os dois só no peito mas é quase impossível, comigo não está dando certo, é muito frustrante não conseguir ainda mais com a cobrança a da sociedade e familiares...
É tarefa díficil cuidar dos dois, quando termina um começa o outro e assim vai, mas ao mesmo tempo prazeroso!
Agora posso dizer cuidar de um filho só é muito fácil!
De Dois é puxado!
Beijão qualquer dúvida dá um grito lá no blog ou por mail, jordaneferrari@hotmail.com
Espero ter ajudado um pouco.